O que são nossas intervenções artísticas?

Para reforçar a pesquisa da Cia. Variante, tanto durante nossos processos de criação de espetáculos, como também com o intuito de propor maneiras diversas de dialogar com o público, desenvolvemos algumas intervenções artísticas. Elas acontecem de maneira única (com criação coletiva juntamente aos espaços e pontos de cultura, visando o público e programação) como também outras intervenções e atividades que temos em nosso repertório que circulam em diversos lugares.

As intervenções geralmente estão interligadas à nossa linha de pesquisa, obras que falam de seres à margem, que provocam reflexões acerca de assuntos atuais, urgentes e/ou necessários. Feminismo, racismo, xenofobia, trabalho infantil, desigualdade social, guerra e todas as intersecções desses temas.

Falamos também de arte. O teatro, a dança, a música, a poesia. Levamos referências para o público majoritariamente infanto-juvenil, buscando destacar artistas que dialogam com nosso olhar, construção e que possam trazer representatividade de alguma forma. 

O que são nossas contações de histórias?

Com 11 anos de história e quatro espetáculos teatrais em seu repertório, a companhia mantém projetos paralelos, tanto para enriquecer o repertório, como para difundir as pesquisas dramatúrgicas e individuais das pessoas artistas do coletivo, afim de transformar em contações de histórias. A pesquisa da Variante sempre esteve voltada para falar com crianças sobre seres à margem da sociedade, nesses últimos anos, com a estreia do espetáculo “Poetas Empoeirados (ou Canções para crianças revolucionárias)”, a companhia iniciou uma série de pequenas obras, que são contações de histórias, para difundir tanto pesquisas quanto vontades individuais de abordar diversos assuntos. 

Mostrando cultura, lutas, tradições, canções, ancestralidades e curiosidades, a Variante têm obras sensíveis, poéticas, musicadas, políticas e tudo isso voltado para o público infantil.

Histórias Japonesas com Músicas Brasileiras

Série de Contações:

A série "Histórias Japonesas com Músicas Brasileiras" conta com quatro contações de histórias com média de 20 a 30 minutos cada, com adaptações dramatúrgicas e músicas populares brasileiras e também algumas composições autorais dos dois artistas.

Sempre começando com “Mukashi Mukashi” que significa "Era Uma Vez" em japonês, as histórias japonesas são acompanhadas da trilha sonora.

Com dramaturgia de Tati Takiyama e direção de Danilo Mora, as contações sempre são feitas de maneira presencial, circulando em unidades do SESC, escolas , ONGS, Bibliotecas e demais centros culturais, mas também ganhou versões audiovisuais em parceria com o SESC Pq. Dom Pedro, cada história com uma estética diferente como manipulação de bonecos, teatro de sombras, animação e stopmotion.

Pingo! Um pedaço que não cabe

Pingo é uma personagem que não se vê nos livros, cada vez que lê, não consegue se identificar. Não entende o porquê, mas parece não se encaixar nas histórias. Então, decide juntar todas as palavras que gosta e criar sua própria obra literária e finalmente assim, se sente representada.

Contação de História

O que há em mim é você

Intervenção:

Há milênios, o mundo resolveu fechar as portas e as pessoas passaram a viver isoladas em suas casas. Porém, dois artistas mambembes continuam vagando pelas ruas, porque a estrada é, além de palco, moradia. Com os teatros e picadeiros fechados, eles não têm mais para onde ir e nem o que fazer. Quando de repente encontram alguém e sem perguntar nome nem endereço, fazem desse alguém uma multidão, como uma plateia lotada, pronta para ouvir suas poesias e canções.

Às que vieram antes de nós (cartas para não esquecer)

A série “Às que vieram antes de nós (cartas para não esquecer)” conta com quatro contações de histórias, cada uma sobre uma mulher histórica brasileira, com média de 20 a 30 minutos, com música ao vivo, músicas populares brasileiras e/ou algumas composições autorais do grupo.

Cada mulher do coletivo tem uma linha de trabalho solo, trazendo para o grupo uma maneira artística de enxergar o feminismo. A luta pela igualdade salarial, contra violência de gênero, valorização do trabalho, reconhecimento artístico, letramento racial e o fim do racismo são alguns dos exemplos das discussões acerca da intersecção feminista, entre mulheres brancas, negras e amarelas.

Mostrando cultura, lutas, tradições, canções, ancestralidades e curiosidades, quatro atrizes e cantoras do grupo contam histórias de de revolução, cirandas e de guerrilhas, com histórias que protagonizam mulheres fortes, importantes e que não devem nunca ser esquecidas. As contações são como um acalanto e preservação de memória, como uma carta de amor à essas mulheres que colaboraram com nossa emancipação, empoderamento e justiça.

Contação de História

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